terça-feira, 25 de agosto de 2015

Desertor

Houve, durante muito tempo, uma batalha
Descontentamento que atacavam um coração,
Que de tão cansado pediu baixa,
Adoeceu, padeceu

Uma paixão, nutrida a orgulho e solidão
Deu causa à retirada do front, sem permissão
Coração desertor, temerário
Acovardou-se, se escondeu

Passaram-se os dias, que viraram anos
E foi ficando mais distante, todo aquele encanto
Achando ter findado a guerra, manteve-se em seu canto
Desprotegido, arrefeceu

Findou-se a batalha, mas a guerra permanecia, mesmo que fria
Calmaria numa guerra, um bom combatente estranharia
Mas aquele coração perdeu o afã, 
Desarmou, desamou

Inesperadamente, veio um disparo que o ressurgiu
A ponto de ir pra vala, veio aquilo que lhe valia
Voltou a ver, ficou de pé
Voltou a ter sentido

À espreita, veio o exército inimigo,
Com a maior das armas,
Revivendo aquele combatente moribundo, mortiço
Atacando-o no coração, disparando o perdão

2 comentários:

Unknown disse...

Tinha tempo que não lia seu blog... fera! até criei o meu! :)

e tu nesse militarismo véio em!! hahaha curti muito!

Anônimo disse...

caxias esse poema h 41