Um abraço dos pais, um telefonema de uma tia e apertos de mãos dos colegas do colégio foram contabilizados, e nada mais. Em seu aniversário de dezesseis anos não ganhou nenhum presente. Edu não tinha muita perspectiva, e na monotonia passavam seus dias. Seu melhor amigo morava com ele. Enquanto os demais adolescentes do bairro iam para o campo gritar gol, ele empurrava botões com o pai de seu pai. Seu avô não tinha muito diálogo com seu próprio filho, e Edu também não.
Apesar de ter poucos amigos, ainda lhe restava os colegas do colégio, e estes, mesmo não crendo que Eduardo aceitaria, o convidaram pra festinha... E ele foi. Obviamente tudo estranho, até mesmo a garota que lhe falou. Ele basicamente resmungava, e ela, erroneamente, interpretava como tentativa de impressionar. Ela tratou de pegar o número do garoto. Nunca se sabe... - pensou.
Ele havia bebido poucos goles de uma bebida que nem conhecia e se embriagou. Nisso, lembrou que havia marcado e furado algo com seu avô, e com o horário avançado, se preocupou. Vazou...
Ela não conseguiu esquecer o garoto... Ligou. Se encontraram uma, duas... Várias vezes. Edu , perdido, se encontrou nela. Edu, que pra vida não tinha motivo, além dela, conseguiu filhos.
De tão improvável, tal relacionamento virou canção. E nela o poeta questiona: Quem um dia irá dizer que razão nas coisas feitas pelo coração? E quem um dia irá dizer que não existe razão?
Mônica, que nunca havia se perguntado se destino ou acaso, sorriu e chorou ao ouvir.
Mônica, que nunca havia se perguntado se destino ou acaso, sorriu e chorou ao ouvir.
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